Fazer uma viagem de volta ao mundo é um sonho compartilhado por muitos, mas poucos conseguem transformá-lo em realidade. Isso porque planejar uma viagem desse porte, pode ser um tanto quanto complexo, e ao mesmo tempo, uma experiência única, cheia de desafios, descobertas e aventuras.
Para alguns, essa viagem não se trata apenas uma forma de explorar novos destinos, mas também um estilo de vida, algo que se tornou possível graças ao advento dos nômades digitais e o crescente número de oportunidades de trabalho remoto.
Neste guia, vamos abordar dicas essenciais para planejar sua jornada global, com um foco especial em como pessoas que vivem o estilo de vida de nômades digitais conseguem equilibrar o trabalho e a aventura.
1. Defina seus objetivos e estilo de vida
Antes de qualquer coisa, é crucial definir quais são seus objetivos com essa viagem de volta ao mundo. Você quer conhecer os pontos turísticos mais famosos ou está mais interessado em descobrir destinos pouco explorados? Vai priorizar países com baixo custo de vida ou está disposto a gastar mais em certos locais? Além disso, considere seu estilo de vida. Para os nômades digitais, por exemplo, um dos principais fatores de decisão é a disponibilidade de internet de qualidade para garantir que o trabalho remoto continue sem interrupções.
Muitas pessoas que embarcam em uma viagem de volta ao mundo optam por uma abordagem flexível. Esse estilo de vida permite que você se adapte às circunstâncias e aproveite ao máximo as oportunidades de trabalho e lazer. Nômades digitais muitas vezes escolhem passar semanas ou até meses em um local para absorver a cultura e manter sua rotina de trabalho equilibrada com a exploração.
2. Escolha os destinos com sabedoria
Ao planejar uma viagem de volta ao mundo, a escolha dos destinos é um dos passos mais importantes. Para os nômades digitais, é necessário equilibrar o desejo de explorar novos lugares com a necessidade de trabalhar remotamente. Alguns países são mais adequados para essa rotina, com bom custo-benefício, infraestrutura de coworking e internet confiável.
Destinos como Bali, Chiang Mai (na Tailândia), Lisboa e Medellín são favoritos entre os nômades digitais devido ao seu ambiente amigável, baixos custos e boas conexões de internet. Além disso, muitos desses lugares oferecem comunidades estabelecidas de nômades digitais, onde é possível encontrar suporte, criar redes de contatos e até colaborar em projetos.
Para quem quer economizar, planejar sua viagem considerando o custo de vida de cada destino é essencial. Sites como Nomad List e Numbeo ajudam a verificar o custo mensal em diferentes cidades, facilitando a escolha de destinos que estejam dentro do seu orçamento.
3. Organização financeira: orçamento e gestão de dinheiro
Planejar financeiramente uma viagem de volta ao mundo é um dos maiores desafios, mas é absolutamente essencial para garantir que sua jornada seja sustentável. Como nômade digital, o seu orçamento provavelmente será mais flexível, pois você terá uma fonte de renda contínua. No entanto, ainda assim, é crucial ter uma ideia clara de quanto você pode gastar mensalmente em acomodações, alimentação, transporte e lazer.
A dica aqui é dividir seu orçamento em categorias específicas, como moradia, transporte, alimentação e imprevistos. Outra estratégia é manter uma reserva de emergência para cobrir eventuais contratempos, como problemas de saúde ou mudanças no trabalho.
Uma dica para reduzir custos é optar por acomodações de longo prazo, como alugar apartamentos pelo Airbnb ou através de plataformas voltadas para nômades digitais, como NomadX. Isso costuma ser mais barato do que pagar diárias de hotel, além de proporcionar mais conforto e privacidade.
4. Ferramentas e aplicativos essenciais
Viajar pelo mundo requer organização, e isso pode ser muito facilitado com o uso de ferramentas e aplicativos. Para nômades digitais, algumas plataformas são indispensáveis para manter tanto a rotina de trabalho quanto a de viagem em ordem.
- Trello ou Asana: Para gerenciar seus projetos e tarefas de trabalho remotamente.
- Slack: Para manter a comunicação com equipes e clientes.
- Wise: Para realizar transferências internacionais de dinheiro com baixas taxas.
- Skyscanner: Para encontrar as melhores ofertas de voos.
- Google Maps: Essencial para se orientar e descobrir novos lugares nas cidades por onde passar.
- Airbnb: Para reservar acomodações de longa estadia.
- Nomad List: Para descobrir os melhores destinos para nômades digitais, com informações sobre custo de vida, segurança e qualidade da internet.
Esses aplicativos ajudarão a otimizar tanto o trabalho remoto quanto a organização da sua viagem de volta ao mundo.
5. Documentação e vistos
Outro ponto crítico para qualquer viagem de volta ao mundo, especialmente nômades digitais, é a documentação necessária. Muitos países exigem vistos específicos para estadias prolongadas, enquanto outros oferecem opções de visto de trabalho remoto, os chamados “vistos nômades digitais”, que permitem que freelancers e trabalhadores remotos permaneçam legalmente por mais tempo.
Países como Estônia, Barbados, Dubai e México já oferecem esse tipo de visto, tornando-os destinos atraentes para quem deseja trabalhar enquanto explora. A dica é sempre verificar as exigências de visto com bastante antecedência, e se possível, buscar destinos que ofereçam flexibilidade para estadias longas, o que facilita a vida do nômade digital.
6. Organização do trabalho remoto
Manter uma rotina de trabalho eficiente enquanto viaja é um dos principais desafios para nômades digitais. É fácil se distrair com as paisagens incríveis e novas experiências, mas é fundamental estabelecer um equilíbrio entre trabalho e lazer.
Uma das dicas é criar uma rotina fixa, mesmo estando em locais diferentes. Definir horários para o trabalho e para o lazer ajudará a garantir que as responsabilidades profissionais sejam cumpridas sem sacrificar as oportunidades de explorar. Além disso, busque locais tranquilos e bem equipados para trabalhar, como coworkings ou cafés com boa conexão Wi-Fi.
Outro ponto importante é estar sempre preparado para imprevistos com a internet. Investir em uma boa conexão móvel (com chips internacionais ou serviços como o Google Fi) e sempre ter um backup de internet garantirá que você possa trabalhar, independentemente de onde estiverem.
7. Saúde e seguro de viagem
Cuidar da saúde enquanto viaja pelo mundo é essencial, e isso inclui tanto a saúde física quanto mental. Ter um seguro de viagem é indispensável, não só para emergências médicas, mas também para cobrir imprevistos, como a perda de equipamentos ou cancelamentos de viagem.
Os nômades digitais devem buscar por seguros de viagem de volta ao mundo, que ofereçam cobertura global e flexível, como o World Nomads ou SafetyWing, que são populares entre esse público. Esses seguros permitem que você viaje por vários países e ainda esteja coberto em emergências.
Além disso, é importante cuidar da sua saúde mental. Viajar constantemente pode ser exaustivo, então lembre-se de tirar um tempo para relaxar e recarregar as energias.
8. Networking e comunidade
A vida de nômade digital pode ser solitária às vezes, mas há uma grande comunidade global de pessoas que compartilham esse estilo de vida. Participar de eventos, encontrar grupos de nômades digitais ou até mesmo fazer coworking com outros viajantes pode enriquecer sua experiência, tanto social quanto profissionalmente.
Plataformas como Meetup, Couchsurfing e Nomad List facilitam a conexão com pessoas em diferentes partes do mundo, criando oportunidades de networking, novas amizades e colaborações profissionais.
Planejar uma viagem de volta ao mundo é um processo detalhado, mas extremamente gratificante. Com organização, flexibilidade e as ferramentas certas, você pode explorar novos destinos, continuar trabalhando remotamente e viver uma das experiências mais transformadoras da sua vida.